Páginas

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

"Às vezes me lembro dele. Sem rancor, sem saudade, sem tristeza, 
Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. 
Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. 
Não havia mesmo o que dizer. Ou havia?
Ah, como não sei responder às minhas próprias perguntas! 
Possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. 
É possível também que o afastamento total só aconteça
 quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar,
 a investigar - e principalmente a fingir. Fingir que encontra. 
Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo."

- Caio Fernando Abreu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores: